Anarkiza la Punk 2025 Porto Alegre  

Reflexões e projeções.

A agitação Anarkiza la Punk ocorreu de forma simultânea durante os dias 10 e 11 de maio de 2025 em mais de vinte cidades ao redor de Abya Yala, um gesto punk internacionalista, cruzando a cordilheira do continente latino americano do atlântico ao pacífico, indo do caribe às terras em conflito com o estado mexicano. Desde Santiago Chile anarkopunks lançaram um chamado informal acentuando no intuito da jornada “um encontro anarkopunk que colocasse ênfase no caráter político e confrontacional do punk, problematizando nossas posições e lutas, afiando nossas ideias contra o poder, e buscando refrescar o espírito anárquico do punk, muitas vezes adiado nestes tempos pelo punk apolítico, comercial, misógino ou ambíguo ideologicamente”. Tendo como força realizadora o faça você mesmo e a vontade de expandir o punk como subversão ao poder e a autoridade se incitou que valores arrecadados com a jornada se destinassem a solidariedade com xs companheirxs presxs ou em apoio direto a iniciativas anarquistas.

Mais de vinte bandos punks anarquistas responderam ao chamado pondo energia para realização da agitação internacional e localmente. Cada bando de acordo com suas possibilidades irrompeu expressando a contra cultura punk através de feiras de publicações, zines, ofícios e projetos autogestionados, trocas de ideias, conversas que tencionaram para expansão da contra cultura punk anarquista e combativa, práticas e oficinas diversas, dos primeiros socorros em manifestações à horta, de gravações à autodefesa, do stencil à encadernação, apresentações de teatro, fantoches, malabares, espaços para a infância, projeções de documentários e curtas, arrecadação de encomendas para compas presxs, serigrafia, Flash Tattoo, exposições gráficas de memória e atualidade da contra cultura punk, mesa informativa de 10 anos da tragédia do doom, bicicletada, almoço coletivo, gig e apresentações musicais … estas atividades ocorreram em Santiago, Valparaíso, Concepción, Chillán, Havana, México DF, Tultitlán, Lima, Arequipa, Porto Alegre, São Paulo, Ciudad Guatemala, San José, Montevideo, Buenos Aires, Quito, Bogotá, Medellin, Ibagué e Asunción.

A partir dos canais de contrainformação e se espalhando dentro das redes de contato a agitação Anarkiza la Punk ecoou pelo continente como chamado informal e recebeu a espontânea adesão de bandos punks anarquistas, que sentiram afinidade na proposta e perspectiva da movimentação, respondendo desde a ação com a realização da jornada em seus territórios, impulsionando localmente o punk de raízes e atitude antiautoritária e combativa. Na sintonia entre estes bandos coordenando juntos pontos para a agitação em comum, anarquizar o punk, se levantaram debates e inquietações assim como um palpitar do coração irmanados na luta desde a contra cultura anarkopunk por diferentes lados.

O percurso das múltiplas iniciativas punks anarquistas nas últimas décadas em Abya Yala é repleto de flores e espinhos, com afiadas e ferozes iniciativas como drásticas rupturas, de uma forma ampla estas trajetórias se cruzam e influem na movimentação atual. Neste sentido companheirxs de diferentes latitudes questionaram a participação na agitação Anarkiza la Punk de um bando que respondeu ao chamado desde a cidade de La Paz Bolívia. O questionamento era bem direto, questionando a cumplicidade e envolvimento com indivíduos que, com a redada repressiva ocorrida em 2012 contra a órbita anarquista punk diante dos ataques insurrecionais ascendente naqueles anos, colaboraram com as forças repressivas do estado boliviano com delações e aberta cooperação com a polícia. Diante dos ataques insurrecionais o estado respondeu com sua linguagem, violência, associações fantasiosas e linchamento midiático fazendo detenções de forma sortida no meio antiautoritário, porém o pior golpe venho de indivíduos do meio anarquista punk, tanto dos detidxs como dxs que não estiveram no alvo das detenções, quebrando princípios elementares entre anarquistas como o rechaço total a autoridade, ao estado, a polícia. A continuidade do fato intolerável é que percorrido 13 anos destes acontecimentos colaboradores e delatores tem espaço no meio anarquista punk local.

São marcantes as palavras do editorial Flores del Kaos refletindo sobre os desdobramentos do golpe repressivo na Bolívia no livro No tenemos nada que pedir al estado! lançado em conjunto com o editorial Konspiracion Iconoclasta em 2022: “Atualmente, existem espaços, bandas e coletivos que estão formados por delatores do golpe repressivo de 2012, pese a que todo espectro libertário conhece o que aconteceu, são aceitos e apoiados, igual que a 10 anos atrás, existe carência de crítica e autocrítica ao movimento local, se tem normalizado a delação, ao carecer de um posicionamento anticarcerário. Somente reina o cultural e o festivo, pese que muitos levem rebites e patches”. Diante desta realidade exposta, e por muitxs conhecida, se evidenciou a incompatibilidade absoluta dos bandos envolvidos na agitação Anarkiza la Punk com colaboradorxs da polícia, delatorxs e seus cúmplices. Com alegria confirmamos que a adesão a agitação Anarkiza la Punk não se deu pelo preenchimento de formulários, mas se construiu através das posições políticas cultivando posições visceralmente antiautoritárias.

Sentimos, no entanto, falta do conflito e a crítica que abram as possibilidades para a construção de posições e lutas mais radicais e mais fortes. O afastamento não resultou no caso da Bolívia, na construção de posições anti carcerárias ou anti policiais (ou seja anti autoritárias), muito pelo contrário pareceria que se auto afirmam na tolerância à delação. Algumas tentativas de justificação que usam a ideia de que é necessário  compreender  “processos locais”, nos levam a nos perguntar: Conhecer um contexto, um grupo de pessoas é argumento suficiente para compreender atitudes e reivindicações que nada tem a ver com a anarquia nem com qualquer posição CONTRA a dominação? Essa abordagem estancaria, a nível local e a nível da interação internacionalista, as possibilidades de construir uma proposta anarquista baseada nos códigos mais básicos, porque afirma, de maneira implícita, que se sou mais próximo de algo ou alguém não posso criticá-lo, apenas deveria compreendê-lo, e é importante fincar que temos códigos inegociáveis, e que se nos posicionamos como antagônicos ao poder nossas afinidades não podem ser reduzidas a grupos de acolhimento acríticos. Para nós é importante contribuir para que a coerência faça sentido, entender que a crítica pode ser um caminho fecundo se se leva a sério a escolha anárquica.

Localmente, armamos a agitação para seguir instigando a contra cultura punk, anarquista combativa com memória atitude e coerência. Contrapondo um cenário que despolitiza toda iniciativa, algo que talvez não atinge apenas o punk. Sob a bandeira do “apolítico”, crescem multidões que são mais funcionais ao sistema do que contrarias a ele, porque o “apolítico” significa  aquele que não luta, que se conforma com ter os espaços e tempos de tolerância dentro do sistema e que, conformado, aceita tudo sem filtro, já que não tem pensamento nem sentir político não se posiciona, evita o conflito com o sistema, se introduz nos espaços que a mesma dominação lhe outorga, o “apolítico” significa então, o apaziguado. Porém, como a vida é política, ser indiferente não significa ser alheio, e sim conivente,  em muitos casos até colaborador do sistema. Por isso a importância do Anarquiza la Punk, como um impulso mais para manter e expandir nossa movimentação na cidade e região, encarando o punk como vivência em luta contra as redes do poder e da autoridade, contra o Estado.

Ainda sobre as motivações locais ressaltamos uma questão problemática, origem de estupidificação no meio punk. Os conflitos nas ruas com fascistas, skinheads, remonta larga data na região sul e sudeste do Brasil, muito antes da ascensão de Bolsonaro, hora freqüentes, noutros momentos esporádicos, nunca cessaram, a massiva imigração de população branca, os venenos da sociedade estratificada, o racismo estrutural e outros fatores alimentam o surgimento desses indivíduos e grupos. Uma marcante encruzilhada no meio punk destas bandas se deu no início dos anos 2000 com a tolerância de punks com skinheads abrindo as portas a interagir com fascistas, tanto nacionalistas como com “ex nazistas”, assim como outros que se reivindicavam tradicionais “apolíticos”, oi, sharp ou rash, onde uma miscelânea amorfa unida pela farra atuou sempre em prejuízo da radicalidade no meio punk, ignorando o antifascismo mais elementar. Contribuindo desta forma para esta recente ascensão do fascismo na medida que não os combateram em tempos idos, mas sim se confraternizaram com fascistas promovendo uma vivência punk sem sentido, contraditória, baseada no visual e na música, que segue se reproduzindo. A agitação localmente também se ergueu na contramão e em firme oposição a esse contexto.   

Unindo esforços, anarkopunks de Porto Alegre e cidades da redondeza fizeram acontecer a agitação Anarkiza la Punk no domingo dia 11 de maio com uma animada jornada de atividades que se estendeu durante todo o dia até a noite. Cartazes convocando pintaram as ruas, quebrando o cinza urbano, se comunicando para além dos celulares e redes sociais. Fartas bancas de materiais zines, publicações, jornais, revistas, livros, serigrafia, música, se espalharam pelo salão gritando anarquia sendo adubo e expressão da contra cultura punk. Lindas faixas cobriram a totalidade das paredes onde se lia: “Contra as políticas genocidas e o massacre cotidiano dos povos resistiremos! Nenhum passo atrás toda vida em luta.” “Punk é apoio não competição” “Anarkopunx Antifascista!” “Pela liberdade contra toda autoridade” “Até que arda toda autoridade, inabaláveis até a libertação total! Liberdade para Mônica e Francisco! Solidariedade sem fronteiras!” “Alfredo Cóspito Cumplicidade anarquista!” “Estamos em toda parte”. Faixas que, assim como as publicações das bancas, já expressam o tom das posições.

Ao longo do dia uma exposição gráfica de memória e atualidade da contra cultura punk olhando tanto para nosso passado como para o nosso presente de luta se manteve de pé no salão. Composta por capas de zines, fotos, punkfletos e um destaque, com um texto informativo e fotos, para alguns punks que desde a ação direta insurrecional nos contagiaram e contagiam: Punk Maury, Santiago Maldonado, Rodrigo Lanza, Anahi Salcedo e Hugo Punk.

Afiando nossas práticas combativas a Equipe de Urgência e Emergência fez uma oficina de simulações de primeiros socorros com casos reais ocorridos em manifestações trazendo ainda para a roda a reedição da publicação “Treinamento de resposta rápida e primeiros socorros Sangue frio e coração quente”. Para contato e acessar a publicação: euepoa@riseup.net

Antes do crepúsculo reunidxs em círculo, ombro à ombro, debatemos com interesse e paixão a questão “anarkizar o punk”:

Reconhecendo o punk como vivência, atitude e identificação contra cultural que se ascende no indivíduo como fagulha de revolta, insubmissão e inadaptação ao sistema de dominação com suas mais variadas caretas, encaramos o punk como ruptura e combate ao estabelecido e imposto pela ordem, de natureza anárquica, de negação ao poder e a autoridade.

Destes princípios elementares as ideias sopraram enunciando que punk não é um estilo musical, é muito além de música e visual, elementos tão explorados pelo capitalismo banalizando o punk o transformando em mercado nas suas prateleiras e inócuo de combatitividade. E mesmo com todo este apelo de esvaziamento da contra cultura punk ela segue vigente sendo uma ameaça, estamos vivxs!

Apontamos que o panqui destroy, 77, porra loca, nada contribui, se ancorando em drogas, álcool, estética, bandas incoerentes, atitudes nefastas, naufraga a potencialidade rebelde e subversiva da contra cultura punk.

Sem esquecer das trajetórias punks anarquistas trilhadas, nossa própria memória, com o latido iconoclasta recusamos o saudosismo, a reverência aos “velhos punks” e a ideia de que “antes era melhor”. A contra cultura punk não é estática, não está morta tão pouco paralisada no tempo, está em permanente movimento sempre se questionando, destruindo e construindo.

As ocupações e espaços autônomos foram enaltecidos e incentivados como espaços de criação, agitação e vivência que impulsionam e aprofundam a tensão anarquista e o florescimento da contra cultura punk. A construção de práticas cotidianas de negação ao ritmo do sistema em todos os âmbitos da vida, mesmo cercados e em difíceis condições, é um desafio necessário que nos coloca no mundo como contra correnteza.

O rechaço à passividade diante violências autoritárias, patriarcais em nosso meio foi uníssono, valorizando nos questionarmos por completo visando destruir ao estado, ao capital, ao domínio e não a nós mesmxs. Tomando a crítica e o conflito como oportunidades para transformações necessárias, porém, frisando que a procura por relações horizontais não pode ser o único horizonte de luta, não podemos abandonar a luta contra a Rede de Dominação e suas estruturas (estado, igrejas, capitalismo, patriarcado, racismo, devastação da terra) porque é nelas que se constroem todas as opressões. 

Sem ponto final conclusivo apontamos como necessidade constante de anarquizar o punk e deixar mais punk a anarquia. Brindamos coletivamente a felicidade de nossas decisões e tomada de posição, a felicidade de sermos o que somos.

Após a acalorada troca de ideia encerrando a jornada balançamos o esqueleto com a música e o ruído punk anárquico da  Crua e das bandas Ned Ludd e Hospicidade.

Das ideias fermentadas ainda nesta jornada desde conversas informais consideramos importante incluir aqui que não encaramos o punk como expressão eurocêntrica, o punk por natureza rechaça o centrismo, e se uma fagulha vinda do norte do mundo ascendeu esta fogueira, inicialmente contra seu próprio berço, este fogo que se alastrou pelo mundo como contra cultura punk muito se transformou e se ressignificou com as lutas ancestrais tanto em Abya Yala como na Ásia, somos expressão disto.

A agitação internacionalista Anarkiza la Punk trouxe a memória da vida e morte do Punk Maury se situando como agitação do Maio Negro e fomento do 22 de maio, Dia do Caos, quando o Punk Maury deu seu mergulho profundo tentando atacar a escola de carcereiros em Santiago Chile em 2009. Dando uma cara comum a agitação os cartazes em cada território carregaram um trecho da poesia de guerra do Maury:

“É hora de que saibam que não a lei que respeitemos que se temos que lutar atacaremos suas goelas!”

Saudamos com cumplicidade todos bandos punks anarquistas que desde seus territórios levantaram junto a agitação Anarkiza la Punk ao longo do continente com fogueiras acesas, acreditamos que os debates e as tensões foram parte importante para irmos construindo uma afinidade que aprofunda nossa posição antagônica às múltiplas formas de dominação. Anarquizar o punk, para nós, passa por isso, por sair dos lugares fáceis que oferece o sistema: as redes sociais mais comuns, a tolerância democrática a todos sem radicalismos, passa também pela insistência anárquica na contra cultura, que está na corda bamba entre se manter como resposta urbana anti normalidade e a cooptação pela indústria que a engole e vomita em forma de moda e produto alternativo incluído no sistema. Sobretudo, Anarkiza la Punk é mais uma ferramenta para continuarmos na luta contra toda forma de opressão.

Que esse caótico fogo contagie mais e mais!

Viva a anarquia!

Viva a contracultura punk subversiva e combativa!

Estamos vivxs! Porto Alegre outono 2025

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Anarkiza La Punk!

No domingo dia 11 de maio das 13 às 22 hs no Caos Bar em Porto Alegre estaremos realizando a atividade 🏴‍☠️Anarkiza la Punk🔥 colocando ênfase no caráter político e confrontacional do Punk, problematizando nossas posições e lutas, afiando nossa idéias contra o poder e autoridade, buscando refrescar o espírito anárquico do Punk, muitas vezes adiado nesses tempos pelo Punk apolítico, comercial, misógino ou ambíguo ideologicamente.

A agitação 🏴‍☠️Anarkiza la Punk🔥 foi um chamado ecoado por anarcopunks no Chile e estará ocorrendo em sintonia ao largo do continente: México, Guatemala, Costa Rica, Colômbia, Peru, Equador, Argentina, Bolívia, Uruguai, Paraguai, Brasil …. estamos por todas partes fazendo da contra cultura punk uma ameaça real ao poder e a autoridade.

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Troca de ideias – Morte ao Deus Cibernético

Em outubro de 2017, uma escolinha abandonada se transformou na Okupa Viúva Negra, kasa que se tornou uma referência na prática da autonomia, valorizando a cultura do faça você mesmo e incentivando produções locais, desde produção cultural a produção de alimentos, ponto de encontro internacional, promovendo movimentações, oficinas e trocas com culturas e pessoas de toda a latinoamérica e também do mundo. Que a Prefeitura de NH queira acabar com tal projeto é uma ignorância, prezando pelo suposto direito à propriedade, em um terreno público abandonado há mais de 10 anos no momento em que foi ocupado em 2017, ao invés da cultura e permacultura. Pra além das atividades e encontros a Okupa Viúva Negra reflorestou todo o terreno (que aos “cuidados” da prefeitura era apenas um depósito de lixo e entulho) com árvores frutíferas, nativas e ameaçadas de extinção. Produz comida orgânica e distribui mudas de alimento pelo bairro e para a comunidade, sendo um importante projeto frente a crise climática atual e global que enfrentamos. A resistência corre em nossas veias e demanda mais tempo para a vivência autônoma!
Todxs xs que almejam a autonomia e os espaços que proporcionem vivências de autogestão estão convidados a colar nessa jornada anti-desalojo que se inicia no dia 9 de maio.

Fanzine Contra o Deus Cibernético:

https://www.mediafire.com/file/lbjeqzt5e8ubpbd/contra-o-deus-cibernetico-zine.pdf/file

 

 

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Viúva Negra – 7 anos germinando autonomia

 

As okupas são e podem ser ferramentas para libertação, experimentação de vivências pra além da vida social extremamente mercantilizada
As formas de se organizar podem ser tão diversas quanto o número de mentes que se juntam pra conspirar as possibilidades.
Resgatar o senso de comunidade.

 

Escola de diversas dores e amores. Desafios, realizações mas também caras esborrachadas
A Viúva Negra foi e segue sendo uma experiência de vivência coletiva e anarquica
Não livre de contradições e falhas
Um importante ponto do desenvolvimento contra-cultural da região que tocou seres das mais diversas localidades
Anti fronteiras na prática
Novas línguas, culturas e sentires
Pra além de qualquer indivíduo que toca ou tocou o projeto
As sementes se espalham…
Que essa ferramenta de libertação
Continue a germinar por muitos ano mais!

 

Tokada de 7 anos da Okupa!

 

Troca de ideias: Diante do colapso socioambiental, possíveis formas para a autonomia e a liberdade. -> 15 horas

Bandas -> 18 horas pontual!

Feiras de criações autônomas (Traz a tua arte/produção!)

Pasteis veg e bebidinhas!

Contribuição voluntária de R$5,00

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Reconstruir – 13/07/2024

 

 

Enquanto as pautas dos políticos são absurdos escancarados temos que lidar com os constantes colapsos de uma ordem social que insiste em se manter de pé, ignorando os claros sinais de sua falência, onde seus rastros de destruição explodem sempre nxs que tem menos recursos. O capital faz a gestão destas crises, tirando seu lucro para o 1% mais rico e se enraizando, criando estruturas onde seja cada vez mais difícil de se desvencilhar, mas que na realidade constrói e nos entrega uma vida cheia de vazios. Buscando varrer seus problemas para o esgoto, que já transborda e atinge cada vez mais gente, tomando de assalto a pacificada realidade social…

Observando e vivendo os últimos momentos nessa região, chamamos para trocar uma ideia.

Abandonar o estado e a sociedade capitalista não é nada fácil mas aos poucos praticamos e plantamos alternativas.

Cola na Kasa, fortaleça as alternativas reais, respira, propaga e pratica a liberdade!

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22/10 – 6 Anos Viúva Negra

 

A okupa Viúva Negra completa 6 anos de resistência.

Passando por alegrias e tristezas, realizações e desilusões, batendo de frente com uma realidade que é o que é, sem romantizações sobre a ação direta de okupar, experimentando e buscando novas formas de se relacionar, ser e sobreviver. Vamos trocar uma ideia sobre as experiências em okupar e suas possibilidades pelas 15 horas, e mais tarde se divertir e festejar com uma tocada de bandas, contribuição sugerida de R$10  na tokada, para apoio a kasa e para a banda Pacto Social que vem do RJ e segue em turnê pela Latino America. Cola na Kasa, venha conhecer, participe e apoie as iniciativas autônomas que buscam um respiro nas frestas deste mundo cinza!

 

 

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TECNOMORRAGIA

 

TECNOMORRAGIA

Sábado 19/08/2023

Empresas privadas de tecnologia concentram maior poder econômico que países inteiros.

Lucrando com o monopólio dos caminhos por onde transitam as informações, enjaulando as relações e transportando cada vez mais aspectos do mundo para dentro de seus cercadinhos coloridos, de mãos dadas com estudos da neurociência com o foco em manipular e incentivar certos comportamentos.

Enquanto empobrecem as relações devastam a terra em busca de minerais para seus brinquedos hipnotizantes sem se preocupar com as condições de trabalho sub-humanas que alimentam a riqueza dos donos destas empresas.

Troca de ideia sobre o poder centralizado das big techs e sua influência nas nossas vidas + prática e instalaçao de aplicativos alternativos –> 15h

Ponto de coleta de Lixo eletrônico

Festa/diskotecagem tecno/dark, fogueira, feiras e exposições. –> Apartir das 19h

Vendas de Rangos Veg e Bebidinhas.

Em apoio a XI Feira do Livro Anarquista de POA

 

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Tocada Anti-carceraria!

 

Atividade em apoio à umx manx sequestradx pelo estado do Chile, toda a grana arrecadada na entrada e vendas de rangos e materiais foi para o apoio com os custos referentes a sua situação. Troca de ideias sobre o que fazer diante deste mundo que usa as prisões como punição a quem não se adequa a lógica capitalista e estatal! Tocada de bandas (A)punk, expressando nossa cultura, porque punk não é só o som. Seguimos com as sementes da rebeldia praticando o apoio mútuo e buscando construir e viver a anarquia.

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PUNX NOT DOOM 16/04: A Trágica noite que enlutou o punk

 

“Naquela noite 5 compas/amigxs/próximos/cúmplices foram brutalmente assassinados por um grupo de segurança skinhead, liderado por Fernando Sanchez, vulgo Marijuana, que naquela noite resguardavam a porta e protegiam a todo custo seu cobiçado dinheiro (…) Boicote a todos os concertos organizados por Fernando Sanchez, boicote a Fiskales Ad-Hok e a todas as bandas que este imbecil representa. ”

 

Zine que concentra relatos dos terríveis acontecidos do dia 16/04 2015 na tocada da banda Doom.

 

Contra a comercialização do punk!

punxnotdoom

 

Links para o pdf:

http://www.mediafire.com/file/q6uufq1yf3oj4i1/Punx+Not+Doom+portugu%C3%AAs.pdf

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